Uma das coisas em que acredito fortemente sobre beleza e transcendência é o seguinte:
“A beleza é chave do mistério e apelo ao transcendente. É convite a saborear a vida e a sonhar o futuro. Por isso, a beleza das coisas criadas não pode saciar, e suscita aquela arcana saudade de Deus que um enamorado do belo, como S. Agostinho, soube interpretar com expressões incomparáveis: «Tarde Vos amei, ó Beleza tão antiga e tão nova, tarde Vos amei!».” (Carta de São João Paulo II aos artistas)
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Seja qual for a religião, todos nós trazemos esse apelo ao divino, do fundo da nossa alma. A natureza e nós somos sinais do divino. E assim, beleza e transcendência são quase que sinônimos. Nossos corpos são sinais da presença de Deus e dentro de nós há esse anseio por algo maior, pela Beleza maior. Por isso, cuidar de si e da nossa imagem é fazer jus ao sinal que somos. É tocar no transcendente a partir de elementos essencialmente humanos.
A beleza é um conceito apenas das pessoas. Apenas nós temos a capacidade de contemplar e produzir a beleza.
Criar o belo (seja por uma obra ou atos) ou apreciá-lo é como um instrumento para a pessoa tocar em seu espírito e na habilidade de contemplação. Passos que vão favorecer o homem a aproximar-se de suas potencialidades e recursos interiores quando precisar dar respostas à realidade humana e aos seus inexoráveis desafios e, assim, encontrar o sentido.
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